segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Revista Pesca n°124: Na costa de São Paulo, um mestre se encontra com seu robalão

Revista Pesca n°124: Na costa de São Paulo, um mestre se encontra com seu robalão

Por Jum Tabata
Da Revista Pesca Esportiva n°47



Atenção, robaleiros de plantão: tem peixe grande no pedaço. Não é no canal, nem perto do mangue e muito menos dentro dos rios. Desta vez, fomos buscar os robalos no embalo das ondas do mar. Na verdade, já fazia um certo tempo que eu ouvia falar em uma "outra modalidade" de pescaria na água salgada, embarcada e ao longo da costa. A isca preferencial: camarões vivos, soltos próximos ao fundo. Peixes: os mais variados possíveis, com a constante possibilidade de se cruzar o caminho de um sonhado... robalão! (O termo soa como um instigante estrondo aos ouvidos familiarizados). Pronto, estava lançada a isca certa para o pescador certo. E quando surgiu o convite para acompanhar um dos maiores conhecedores da pesca de mar no Brasil e do robalo em particular, a comemoração foi redobrada.
Foto: Jum Tabata
Um mestre
Hatao Ikebe, ou simplesmente Ikebe-san, sempre foi um grande estudioso do comportamento dos peixes e das águas. Sua experiência, acumulada ao longo de décadas de pescarias, tornaram-no um verdadeiro especialista: pesca de mar é com ele mesmo. Não é à toa que na Maripesca, loja tradicional do bairro da Liberdade dirigida por ele, em São Paulo, um sem-número de pescadores entra todos os dias para buscar algo além dos anzóis, varas e molinetes que estão faltando em suas caixas de pesca: todos querem receber um pouco mais dos ensinamentos do mestre oriental. E comigo não foi diferente. Desde criança, eu via as inúmeras fotos de robalões estampadas na parede, o que sempre me levava a "viajar" para dentro daquelas pescarias. Oito, dez, quinze quilos e até mais! A expressão de Ikebe-san ao erguer os troféus nas fotografias era, invariavelmente, de grande satisfação.

Leia mais na Revista Pesca nº 124

Revista Pesca n°124: Nossa equipe vai aonde vivem os maiores tucunarés do mundo Por Roald Andretta

Revista Pesca n°124: Nossa equipe vai aonde vivem os maiores tucunarés do mundo Por Roald Andretta
Da Revista Pesca Esportiva n°92

O local é bem no meio da floresta. O rio transparente se afunila em rápidos
trechos por onde desfilam cardumes. Com algum tempo de navegação, a topografia muda e suas águas formam remansos. Surgem ressacas, vez por outra estranguladas, separando do rio belas lagoas. Estamos no Rio Itapará, no coração do Estado de Roraima, hospedados num charmoso lodge emoldurado por lagos e lagoas.

O Itapará, que nasce no Hemisfério Norte, é afluente da margem esquerda do baixo Rio Branco e integra a bacia do Rio Negro, lar dos maiores tucunarés do mundo. Foi nessa bacia, aliás, que um americano fisgou um exemplar de 12,25 quilos e bateu o recorde mundial. Por conta de seu isolamento, o rio é pouco visitado, mas pescadores, muitos deles estrangeiros, costumam desembarcar aqui na expectativa de superar a marca. Enfrentar esse peixe, conhecido pela grande combatividade e saltos fantásticos, é um dos maiores desafios da pesca esportiva. A aventura está apenas começando
.
Foto: Giuliano Andretta
O Itapará é um lugar e tanto para tentar bater o recorde mundial, com mais de 12 quilo

segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Nossos amigos em sua pescaria

Neste ano forão varias pescarias e nossos amigos todos tiveram suas oportunidade
Com belos exemplares
Fico desde de ja grato pela fotos se faltei em colocar a sua foto me desculpa mas as
Correrias são imença e as fotos abaixo falam por si so
Mas espero que neste novo ano possamos fazer aquela pescaria de nossos sonhos
Meu votos de paz e boas pescaria a todos






























terça-feira, 4 de dezembro de 2007

ENTREVISTA: RUBINHO

PESCANET ENTREVISTA: RUBINHO

Pescanet: Desde quando você pesca e porque começou a pescar?

Minha historia é um pouco diferente da maioria das pessoas que começam a pescar desde cedo. Na realidade, também tive minhas experiências quando garoto, mas pouco me interessei pela pesca até os 30 anos. Confesso que não gostava mesmo de pescaria até esta idade. Visitando, na ocasião, um amigo que era pescador, algum botão foi ligado e a partir daí virou uma grande paixão.

Nestes últimos 21 anos aprendi a gostar de todo tipo de pescaria e procurei aprender o máximo possível. Não há nenhuma pesca que não me agrade, a não ser aquelas que não respeitem a natureza e o meio ambiente, seja do estilo que for.

Pescanet: Qual peixe lhe trás recordações até hoje de uma batalha inesquecível?

Muitos peixes e muitas situações deixam saudades. Quando vou a um local novo ou vou pescar um peixe que não conheço é sempre emocionante. Mas, uma situação especifica marcou minha experiência de pesca. Foi um grande atum, com o qual fiquei brigando por mais de 4 horas. Houve tempo para pensar em muitas coisas, testar toda a minha técnica e meu limite físico. Foi estafante, mas a experiência valeu a pena

Pescanet: Sendo o pioneiro da pesca esportiva na TV, o que o levou a apresentação deste tipo de programa?

No final da década de 80 e já apaixonado por pescarias sentia falta de um programa de TV que falasse deste assunto. Em conjunto com um amigo decidimos tentar iniciar este processo na TV brasileira. Começamos com um programa chamado Pesca Brasil na rede OM e lá ficamos por cerca de 10 meses, quando fomos convidados pela Record, Manchete e SBT. A opção foi pelo SBT, quando criamos o Pesca & Companhia.

Pescanet: Você acredita que o Brasil tem potencial para desenvolver a pesca esportiva?
A pesca esportiva, se entendida como um segmento importante da economia, pode contribuir fortemente para geração de emprego e renda. É neste aspecto, como um segmento de turismo, que ela pode ser importante ao País. O Brasil é o país do mundo que apresenta as melhores condições para desenvolver um grande segmento de pesca esportiva. Ninguém tem tanta diversidade de peixes de água doce como nós. Temos também uma bacia Amazônica que é a maior rede hidrográfica do planeta e com clima tropical, o que permite pescar durante o ano todo. Não podemos esquecer de que temos também em nosso território um pantanal, um litoral com mais de 8.000km e represas em grande quantidade. Tudo isso nos credencia para acreditar nesse grande potencial.

Pescanet: Tendo a oportunidade de conhecer tantos rios e represas, qual deles mais lhe agrada para a prática da pesca esportiva?

Gosto de pescar, não importa muito onde. Mas, é fundamental que o local esteja preservado. É difícil escolher o local preferido, pois depende muito do que se esta procurando. Há momentos, quando estou na Patagônia, que não quero estar em outro local. Quando chego em um de nossos acampamentos na Amazônia me sinto em casa. Tudo é bom.





escanet: Como funcionam os cursos e viagens de turismo oferecidos pelo Pescaventura?

Quando saí do Pesca & Companhia em 1997, criei a marca Pescaventura para dar continuidade ao meu trabalho no segmento da pesca esportiva. Atualmente o Pescaventura engloba diversas atividades: escola de pesca, turismo, palestras, consultoria, treinamento e site. Quando parei com a TV, aproveitei este tempo livre para desenvolver a atividade da escola que era um sonho antigo. Poder passar conhecimento e poder contribuir para melhoria da qualidade técnica e comportamental de nossos pescadores é altamente necessário e gratificante.

Meu braço direito na escola, tem sido o Laércio da Costa Quatrocci, com quem divido o prazer de passar alguns ensinamentos aos alunos. A Escola Pescaventura, desde que começou a funcionar, já treinou mais de 2.000 alunos e tem muito orgulho disso. Plantamos boas sementes.

O turismo desenvolvido pelo Pescaventura é distinto do que o mercado oferece na sua grande maioria. A preocupação não é só vender um pacote de pesca, mas prestar um serviço completo, que vai desde a escolha do local, as datas, a organização e planejamento da viagem. O envolvimento com o cliente é global, não só na orientação do equipamento, como no na sua utilização através de possíveis cursos antes ou durante a viagem e no acompanhamento durante os dias de pesca. O objetivo é fazer uma viagem mais rica e com mais segurança e tranqüilidade. Ou seja, sempre brinco com meus parceiros, principalmente com minha sócia, Andrea Ávila, que nosso trabalho é a realização de sonhos e que temos de fazer isso da forma mais ética possível.

Pescanet: Sendo ídolo de uma enorme geração de pescadores a procura por sua coleção de DVD's é muito grande, fale mais para a gente sobre este lançamento.

Há muitos anos muitos pescadores me pediam para lançar os programas de TV em DVD. Faltava um parceiro sério para isso. No ano passado fechei uma grande parceria com uma empresa especializada em DVDs, Pesca Multimídia, e decidimos pelo lançamento de 10 DVDs, cada um contendo 2 programas reeditados e mais uma gama de informações. Se a demanda seguir como esta se apresentando, deveremos continuar estes lançamentos


Pescanet: O que você acha da pesca esportiva hoje?

Para mim pesca esportiva não esta relacionada a estilo de pesca ou tipo e qualidade de equipamento. Conheço pescadores que sabem tudo, possuem equipamentos caríssimos e modernos, só pescam com iscas artificiais e que de esportivo não tem nem o cheiro. Ao contrário de outros que só pescam com linhadas de mão e são exemplos de esportividade. Pescar esportivamente esta na realidade relacionado com comportamento, na relação do pescador com meio ambiente. Neste caso, as palavras chaves são: preservação e bom senso.

Acredito no futuro e tenho certeza que o Brasil será um grande celeiro de destinos para a pesca esportiva.

O pesque e solte é uma atitude simbólica que defini uma atitude preservacionista do pescador. Uma vez, um guia americano me disse que se quisermos ter algum peixe no futuro temos que começar a soltar agora. Não haverá mercado, se não houver matéria prima. É uma regra básica que temos de seguir.

Pescanet: Quais são os seus projetos para o futuro? Pretende continuar trabalhando com a pesca esportiva?

Fortalecer cada vez mais as atividades da Escola e do Turismo. Atuar mais fortemente na relação do Pescaventura com seus parceiros, pois é impossível crescer solitariamente. Na escola, teremos cursos mais regulares, para adequar melhor a agenda de nossos alunos. No turismo, a abertura de novos roteiros e a exposição no exterior para buscar novos clientes serão nossas grandes metas.

Pescanet: Deixe para os nossos amigos pescadores uma frase, dica ou comentário!

Pescador esportivo não é aquele que tem o melhor equipamento, mais caro e mais moderno. É sim, um individuo correto, que respeita os parceiros, o peixe e o meio ambiente. Defendam este esporte que é dos mais saudáveis e que nivela as pessoas, não importando quem é rico ou pobre. Se cada um de nós fizer o seu papel, todos nós, hoje e no futuro, poderemos olhar para trás sem arrependimento.



Postagem de Cortezia
http://www.pescaventura.com.br/default.asp
www. pescanet .com.br

Montagens de varas personalizadas

Montagens de varas personalizadas

Tenho visto muitos debates sobre varas. O aprimoramento do equipamento de pesca deve ser em função do aprimoramento do pescador. Antes de comprarmos um novo equipamento, devemos ter em mente para o que ele será utilizado.

Existem varas que podem ser usadas como vieram de fábrica, outras deverão ter adaptações como alteração de posição de real-seat, corte da ponta, remontagem ou troca de passadores, enxerto de pontas agulhas. Cada uma destas varas terá características únicas e próprias se adequando ao gosto do pescador.

Se a cada dia estamos mais exigentes, por que não aprender a personalizar nosso equipamento? Desta forma poderemos montar nossas varas da maneira que desejarmos, muitas vezes com custo abaixo de varas top de linha.

Pensando nisto, preparei este material. Ele não é um guia de como montar varas de pesca, pois cada pescador deve estabelecer qual equipamento mais lhe agrada, mas serve para mostrar que preparar uma vara personalizada não é tão complicado assim.

A primeira coisa ao montar uma nova vara é decidir para que ela servirá? Será uma vara de grande sensibilidade? Arremesso a grandes distâncias? Uso de iscas duras ou macias? Qual o peso do chumbo que será usado? Qual a espessura da linha? Terá sujeiras na linha? Qual o comprimento? Peso? Molinete ou carretilha? Carretilha de perfil redondo ou baixo? Estas e muitas outras perguntas devem ser respondidas antes de decidirmos montar uma vara de pesca.

Eu estava precisando montar uma nova vara para molinete a ser usada em grandes distâncias. A vara atual se mostrava com potência aquém do esperado, sendo que tivemos várias competições este ano em que os arremessos além dos 150m foram determinantes nos resultados. Não necessitaria grande sensibilidade, mas deveria ter o menor peso possível, com potência para arremessar chumbadas de até 150g.

A escolha de um bom blank é importante. Escolhi um blank da Sumax de 3 parte e 4,10m de comprimento. Optei por um de 3 partes pela facilidade de transporte. Embora acredite que blanks de 2 partes para varas longas tenham ação melhor.




Decidido o blank, é importante medir o diâmetro da ponta, para podermos escolher a ponteira a ser utilizada.





Neste caso usarei uma ponteira 16X5mm, a ponta tem espessura de 5 mm ou seja, ao tentar encaixar ela não entrava adequadamente, então com uma lixa, fui cuidadosamente desgastando ao redor até que ela se encaixou.

A escolha do diâmetro de 16mm não é aleatória, temos várias provas em que a quantidade de sujeira na linha atrapalha. O uso de passadores maiores facilita a limpeza da linha de pesca e evita travar a linha nos passadores pequenos.

Decidida a ponteira, instalo o real-seat. Esta distância é importante para o conforto do pescador, favorecendo uma boa pegada, aumentando a distância de arremesso e diminuindo o risco de lesões musculares.





Decidida a ponteira, e a posição do real-seat, vou decidir o número e o tamanho dos passadores. Existem 2 teorias sobre a montagem de passadores. O sistema Helicoidal e o sistema new concept que já foram discutidos. Infelizmente passadores new concept são muito difíceis de serem adquiridos, e como sou impaciente, resolvi montar este sistema teste, até que cheguem os encomendados por mim.





A idéia é montar um sistema com passadores SIC o primeiro é um passador dobrável, tamanho 40 com altura maior que os SVSG da Fuji. A partir daí resolvi usar passadores NSG 30, 20, 16,16,16 e ponteira 16. Teoricamente passadores NSG são indicados para carretilhas, neste caso é uma experiência, mas seguindo a teoria New Concept irá funcionar.





A diferença entre os passadores convencionais para molinete e os que serão usados por mim é no formato do passador e não no diâmetro dos mesmos.

Neste momento iremos pegar o blank, e descobrir a espinha da vara.

Durante a construção das varas ocas de fibra de carbono, é comum uma parte ser mais fina que a outra.

Pegamos o blank, flexionamos e rodamos apoiado no chão, iremos sentir uma área com maior resistência. Esta área de maior resistência é a espinha da vara. Eu prefiro montar os passadores sobre o lado mais grosso (sobre a espinha da vara), embora concorde que isto não é uma regra.





Definida a espinha, definido a posição do Real-seat, o tamanho dos passadores, iremos colocar os passadores.





Acredito que para quem está começando a maior dúvida esteja nesta parte. Por que usar este passador e não aquele? BSVLOG, NSG, o que é isso? Passador alto, baixo? Pé duplo ou simples? E ainda temos que resolver onde colocá-los?





Eu gosto muito das varas da ZZiplex, e embora saiba que o blank que vá utilizar é muito inferior ao dela, posso tentar imitar o posicionamento dos passadores. Este posicionamento por régua é somente uma base, pois o posicionamento final será definido pelos testes de flexão da vara.

http://zziplex.surfcaster.de/Iz_Seiten02/zziplex_fishing_blanks_primohst.html





A posição dos passadores vai variar também com o comprimento da vara. Flexibilidade, tamanho dos passadores, altura deles, molinete ou carretilha. Algumas regrinhas básicas são:

Carretilha, mais passadores, molinete menos.

Maior sensibilidade, mais passadores de diâmetro menor, maior distância menos passadores de diâmetro maior.

Passadores de pé duplo endurecem o blank (fazem ele menos flexível, mas não o fazem mais resistente) Passadores de pé simples endurecem menos o blank.

Em varas longas a distância do primeiro passador ao molinete deve ser de no mínimo 1,20m. Eu pessoalmente gosto aproximadamente 1,50m.

Colocados os passadores e o real-seat , tudo alinhado. Monto o molinete na vara.

Uma coisa importante é que até agora os passadores estão presos somente por uma fita isolante, sendo facilmente trocados de lugar.

Primeiro coloquei 1,25 kg de chumbo.





Não fez nem cócegas, hehehe. Então aumentei para 2,4 kg.





Aqui já posso dar uma analisada melhor.

Uma das coisas fundamentais é o ângulo formado na linha, pela passagem nos passadores. Se este ângulo estiver muito fechado, vc deve diminuir o espaço entre os passadores ou até mesmo colocar mais 1 passador na vara.








Como a vara aguenta muito mais peso, resolvi colocar mais chumbo ainda, peguei 3,04 kg.





Não recomendo colocar tanto chumbo numa vara, antes de ser totalmente montada. Isto pode quebrar varas mais frágeis, na verdade esta vara tem uma potência muito grande e por isso coloquei 20x o peso de chumbo que pretendo arremessar.

Normalmente coloco entre 10x e 15x o peso do chumbo.

Aqui achei um pequeno problema.





Este ângulo está um pouco fechado, portanto vou posicionar o passador mais para ponta e melhorar a distribuição.





Após reposicionar o passador, inspecionameos novamente a vara.





Então giramos a vara 180 graus para vermos a flexão na posição de arremesso.





A linha nunca deve raspar no blank curvado, observem no canto esquerdo a linha tocando o blank.





Neste caso bastou posicionar o passador mais alto que o problema foi resolvido.

Para mim esta é a posição ideal da linha com o blank curvado.





Verificamos novemente cada um dos passadores. E se estiver tudo em ordem, esta é a posição final deles.

Agora falta enrolarmos e resinarmos cada um na posição.


Autor: Auro Nakatani

sábado, 1 de dezembro de 2007

PEIXES DO LITORAL BRASILEIRO

PEIXES DO LITORAL BRASILEIRO

Nesta parte , procuraremos descrever os peixes esportivos normalmente encontrados nas águas brasileiras. A princípio os peixes de interesse para caça submarina, podem ser divididos em dois grandes grupos:

- Peixes de passagem ou de corrida
- Peixes de toca ou territoriais

Os peixes de passagem habitam praticamente todo o oceano realizando migrações quase sempre em cardumes, alimentando-se de peixes menores de outros cardumes e moluscos, aproximando-se das costeiras dos continentes
e ilhas oceânicas onde há maior oferta de alimentos. Normalmente os peixes de passagem apresentam pouco colorido sendo na maioria cinza-prateados. A parte dorsal destes peixes é normalmente cinza-escuro, o que os torna pouco visíveis se vistos de cima; a coloração ventral é esbranquiçada, tornando os peixes também pouco visíveis quando em contraste com a luz branca do sol refletida na superfície da água. É o mimetismo que a natureza concedeu-lhes para que possam caçar mais facilmente seu alimento. O corpo é geralmente fusiforme, afilado nos flancos, permitindo grande mobilidade e velocidade.

Os peixes de toca habitam nas rochas das costeiras, parcéis ou das ilhas, definindo seu habitat numa área aproximada de um quilômetro quadrado, onde circulam em busca de alimento. Os peixes de toca apresentam um colorido mais forte e a propriedade de mimetizar-se com o ambiente onde vivem, seja para caçar ou se defender dos predadores. Seu corpo é mais arredondado nos flancos, acumulando uma quantidade de gordura na epiderme. Preferem o final de tarde ou as primeiras horas da manhã para caçar seu alimento.

Polvo

Octopus vulgaris

Filo: Mollusca Classe: Cephalopoda Ordem: Octopoda Família: Octopodidae

Nome em inglês: Octopus

O polvo apresenta oito braços com ventosas. Pode assumir diversas colorações, mimetizando-se no meio ambiente. Alimenta-se de moluscos, peixes e crustáceos, sobretudo lagostas e caranguejos. um indicio que tem polvo na loca ,são pedrinhas e casca de sururu(mexilhão) na entrada da loca. A melhor forma de capturá-lo é com o bicheiro (fisga) se aproximando e usando um golpe rápido , tentando atingir a cabeça , para ele não usar as ventosas e complicar a captura.

___________________________________________________________________________

Panulirus argus

Subclasse: Malacostraca
Ordem: Decapoda
Família: Palinuridae
Nome em inglês: Spiny lobster

A lagosta, crustáceo reptante, é a espécie mais comum do litoral brasileiro, ocorrendo desde o Nordeste brasileiro até São Paulo. É marinha, e seu habitat pode ser locais de vegetação ou áreas rochosas, desde que exista abundância de moluscos e anelídeos. Durante o dia, permanece em seu abrigo (cavidade de rochas, corais ou emaranhados de algas), com o corpo oculto e antenas estendidas. À noite, sai em busca de alimento, retornando ao abrigo de manhã.
Quando ameaçada, a lagosta dobra o abdômen, com a nadadeira caudal aberta em leque, ao mesmo tempo em que mantém as patas e antenas orientadas para a frente, facilitando assim um rápido deslocamento. Sua dieta consiste principalmente em animais mortos.
O melhor material para capturar lagostas é a famosa fisga ou bicheiro. Na hora de fisgá-la ,tem que Ter o cuidado de não encostar nas antenas da lagosta que ficam se mexendo o tempo inteiro, porque se forem tocadas, a lagosta inicia um processo de defesa ,dificultando a sua captura.

___________________________________________________________________________________________

Mycteroperca microlepis
Família Serranidae
Outros nomes: Badejo-saltão, Badejo-bicudo, Badejo-sapateiro, Sapateiro, Serigado-badejo.
Encontrado em fundos de areia próximos a áreas rochosas e coralinas, de águas costeiras.Cor geral pérola ou branco-esverdeado a cinza escuro com muitas escuras em forma de vermiculações, muitas vezes fundidas em manchas, dando ao peixe um aspecto marmorizado. Geralmente chega a 1 metro e 40 Kg , mas geralmente são menores. Sua carne é excelente. Muito cobiçado pelos caçadores submarinos devido a sua resistência e esperteza.

_______________________________________________________________________________________

Lutjanus cyanopterus
Família Lutjanidae
Outros nomes: Acará-aia, Caranha de viveiro, Caranhota.
Em parcéis e costões, até 60 metros de profundidade; os jovens penetram na água doce. Cinza a marrom escuro, ventre mais claro. Chega até 1,5 metros e 50 Kg. As Caranhas de mangue são menores(até 1 metro e 8 Kg).São muito desconfiadas e exigem do caçador muita cautela e paciência para arpoá-la. Peixe de escamas grandes formando uma verdadeira carapaça de proteção o que lhes confere uma condição quase que invulnerável, uma vez que, dependendo do angulo do tiro o arpão não atravessa as escamas. Para se conseguir aproximação suficiente que possibilite um bom tiro, principalmente quando a caranha está no cardume, o ideal é Mergulhar "encurralando" o cardume contra a pedraria. Depois de arpoada, dificulta muito a vida do caçador , se jogando contra as pedras e enlocando. Ela não se entrega com facilidade.

____________________________________________________________________________________________

Epinephelus marginatus
Família Serranidae
Existem várias espécies de garoupa, sendo as mais comuns a garoupa pintada e a garoupa de São Tomé dentre outras. A garoupa verdadeira atinge 1 metro e 60 Kg de peso e ocorre com mais predominância no sudeste do Brasil. Apresenta o corpo marrom-escuro com manchas irregulares esverdeadas. Habita fundos rochosos das ilhas continentais e costeiras, podendo ser encontrada também em navios e estruturas onde tem possibilidade de se refugiar. Vive normalmente solitária, raramente divide sua toca com outros peixes.
Todo caçador que teve a oportunidade de arpoar uma garoupa, foi protagonista de uma emoção diferente. É um peixe muito esperto, dotado de muita sensibilidade principalmente para detectar à distância a presença de estranhos em seu território. Isto lhe confere uma defesa a mais em relação aos demais peixes, uma vez que a presença do caçador pode ser denunciada mesmo ainda quando na superfície. A proximidade de cardumes de sargos e pirangicas é um bom sinal de sua presença. A preferência das garoupas recai sempre nas regiões das ilhas e costeiras que apresentam maior movimento de água, ou seja, o lado externo onde há maior oferta de alimentos. A profundidade mais provável de sua captura é abaixo dos 10 metros. O caçador ao se deparar com uma garoupa no fundo e estiver em plena apnéia, poderá observar que, ao procurar a melhor aproximação buscando um posicionamento ideal para o tiro ,o peixe tenta uma brexe fuga em direção a toca, voltando-se para observá-lo, repetindo essa manobra a cada aproximação. Quando isto ocorre é quase sempre possível conseguir um bom tiro

_______________________________________________________________________________________________

Mycteroperca bonaci
Família Serranidae
Outros nomes: Badejo-do-alto, Badejo-ferro, Badejo padre, Badejo-preto, Saltão, Serigado, Serigado preto.
É específico de costões, recifes e parcéis, em fundos de rochas ou corais. É a maior espécie do gênero no Brasil ; bastante comum. Os grandes preferem águas além de 20 metros, os menores podem ser vistos em grupos de até 8 indivíduos em águas bem mais rasas. Alteram o tom da cor com grande facilidade. Cor variável, geralmente com manchas retangulares escuras e manchas hexagonais brônzeas na cabeça e parte inferior do corpo. Chegam até 1,3 metros e 90 Kg, geralmente bem menores. Sua carne é excelente, principalmente os exemplares de tamanho médio. Também é muito procurado pelos caçadores submarinos devido a dificuldade de se encontrar e de se arpoar.

______________________________________________________________________________________________

Mycteroperca acutirostris
Família Serranidae
Outros nomes: Badejete(menores), Badejo, Badejo-Saltão, Mira, Saltão(maiores), Serigado, Serigado-Itapoã.
Os badejos são parentes próximos das garoupas, habitando praticamente os mesmos locais, como fundo rochosos das ilhas, parcéis, recifes de corais, canais, muros de cais e estuários, vivendo em cardume de numerosos indivíduos. É comum encontrá-los sob lajes e em tocas, esperando emboscar algum peixe, crustáceo ou molusco descuidado. São grandes apreciadores de manjubas, podendo ser vistos dando corridas em direção à superfície em busca de capturar esses peixes em pequenos cardumes. O badejo-mira, é a espécie mais comum do nosso litoral, cresce até 80cm de comprimento e 4 Kg. Se caracterizam por "investigar" qualquer movimento diferente que se aproxime de seus domínios acercando-se do caçador, olhando-o de frente com extrema confiança, e essa é a hora de se dar o tiro.

_____________________________________________________________________________________________

Epinephelus itajara
Família Serranidae
Outros nomes: Canapu, Canapu-guaçu, Garoupa-Mero, Merote(os menores) De fundos de rocha ou coral, entre 10 e 30 metros de profundidade, raro além dos 40 metros. Marrom, bege, chocolate ou oliváceo, com quatro ou cinco faixas, escuras, largas e diagonais, mais distintas nos jovens; ventre um pouco mais claro; pintinhas negras, especialmente na cabeça e parte anterior do corpo. Robusto, olhos pequenos. É a maior espécie da família, com mais de 2 metros e 300 Kg, podendo ultrapassar os 400.Peixe pacífico, de fácil aproximação, sendo fácilmente arpoável , mas complicado para se embarcar devido a sua enorme força. O melhor lugar para dar o tiro é um pouco acima dos olhos para atingir o cérebro e tentar apagá-lo. Esse peixe está na lista de extinção, por isso um caçador consciente deve evitar capturá-lo.

______________________________________________________________________________________________

Rhomboplites aurorubens
Família Lutjanidae.
Outros nomes: Areocó, Carapitanga, Mulata, Ciobinha, Realito, Vermelho-paramirim
Costeira, sobre fundos rochosos. Vermelha, o ventre rosado ou brancacento e linhas ou manchinhas azuis no dorso. Até 75 cm.

_____________________________________________________________________________________________

Scarus coeruleus
Família Scaridae
Outros nomes: Perobu, Papagaio.
De fundos de rochas e corais , até 40 metros de profundidade. Azul marinho a azul esverdeado; placa dental branca; até 1,2 metros e 20 Kg.
Peixe de escamas grandes e carne mole, por isso, o caçador tem que dar um bom tiro para não perdê-lo.
É usado para fazer engodo para atrair outros peixes
Carne branca, excelente para se fazer filé. Alguns restaurantes desonestos o usam como se fosse carne de Badejo.

_____________________________________________________________________________________________

Lutjanus bucanella
Família Lutjanidae
Outros nomes: Vermelho, Vermelho-dentão, Pargo, Pargo-boca-preta.
De águas entre 10 e 200 metros, sobre fundos rochosos. Vermelho a rosado, o ventre mais claro; olho vermelho; dois dentes avantajados; nadadeiras pélvicas e anal amareladas, dorsal avermelhada, caudal laranja. Até 75 cm e 14 Kg. Mais comum no nordeste do Brasil.
Peixe curioso que se aproxima com facilidade do caçador. O tiro deve ser bem dado pois possui carne mole, se rasgando com facilidade. Depois de arpoado, briga muito tentando entrar nas tocas
Possui carne de excelente sabor, principalmente quando assado.

_____________________________________________________________________________________________

Balistes ventula
Família Balistidae
Outros nomes: Cangulo-real, Cangulo, Cangulo-verdadeiro, gatilho, peixe-porco, peroá preta.
Em fundos rochosos e coralínos, e nas áreas arenosas próximas. Cor variando de verde-azulado a amarelo-cinza ou marrom esverdeado; um círculo azul em volta da boca, com ramo para trás ; estrias amarelas com centro azul irradiam-se do olho. Atinge até 60 centímetros.
Peixe não capturado por alguns caçadores devido a não ser considerado um peixe esportivo. Fácil de se arpoar e quase impossível de se rasgar devido a sua pele(couro) .O caçador tem que Ter cuidado ao manusear este peixe , pelo fato de que esse peixe tenta morder tudo que vê pela frente. Não causam muitos estragos , mas faz pequenas feridas que doem muito.

_____________________________________________________________________________________________

Archosargus probatocephalus
Família Sparidae
Outros nomes: Sargo, Sargo-do-mar
Habita os mesmos locais do sargo-de-beiço, preferindo as águas mais rasas onde a pedraria se encontra com a areia. Embora com o mesmo prenome, não pertence a mesma família do sargo-de-beiço, tendo como parentes próximos o pargo e o marimbá. Os exemplares mais jovens apresentam estrias verticais no corpo bem nítidas quando retirados da água. Embora possam alcançar 90 cm de comprimento e 9 Kg de peso, são mais comuns com o tamanho máximo de 50 cm, com 3 a 4 Kg. Peixe bastante arisco e sempre alerta à aproximação do caçador ; pedaços de crustáceos triturados pode ser um sinal de sua presença no local.

____________________________________________________________________________________________

Caranx hippos
Família Carangidae
Outros nomes: Aracaroba, Aracimbora, Cabeçudo, Carimbamba, Guaracema, Guaracimbora, Guiara, Xaréu-roncador, Xaréu-vaqueiro, Xexém.
O xaréu é um peixe que ocorre tanto na costeira quanto em águas mais distantes do litoral. São encontrados tanto na superfície como no fundo, por vezes em grandes cardumes ou mesmo em pequenos grupos isolados. São extremamente vorazes e quando encontram o cardume de sardinha ou manjuba, organizam-se e atacam em conjunto encurralando suas presas, contra bancos de areia , costões ou mesmo costados de navios. Os exemplares maiores preferem as águas mais afastadas e quase sempre são solitários. O xaréu ultrapassa 1 metro de comprimento e mais de 25 Kg de peso, no entanto o mais comum é encontrá-lo com mais ou menos 50 cm e pesando de 5 a 7 Kg.
Outras espécies de Xaréu:
- Xaréu branco - Alectis ciliaris
- Xaréu preto - Caranx lugubris

____________________________________________________________________________________________

Scomberomorus brasiliensis
Família Scombridae
Outros nomes : Sororoca, Cavala-pintada, Serra, Serra-pima, Serrinha.
A sarda é um peixe de passagem que prefere os costões, ilhas e praias abertas; formam pequenos grupos e, quando adultos são solitários. A linha lateral de sensibilidade é o principal fator que diferencia a sarda da cavala, pois a curva no meio do corpo é em declive gradual e não abrupta como na cavala. A sarda pode atingir 1 metro de comprimento e 7 Kg de peso. Na região sudeste ocorre de junho a meados de outubro/ novembro. É encontrada na meia água e, quando arpoada, costuma correr no sentido horizontal, quase na superfície não procurando refugio nas pedras. O arbalete longo (1 metro) é a arma ideal para a caça da sarda uma vez que permite maior precisão pois o peixe é estreito na altura.

_____________________________________________________________________________________________

Rachycentron canadun
Família Rachycentridae
Outros nomes: Bijupirá, Biju, Cação de escama, Canado, Chancarona, Parambiju e Peixe rei
Pelágico e costeiro, encontrado da superfície a cerca de 150 metros. Isolado ou em pequenos grupos, e comum sob detritos flutuantes como caixas e pedaços de madeira e junto a jamantas e tartarugas. Penetra em canais costeiros em certas épocas do ano,do fim da primavera a meados do verão. Marrom a oliva, dorso algo mais escuro, Flanco e ventre muito claros. Duas faixas longitudinais escuras.Tais faixas são mais nítidas nos jovens, menos nos adultos, onde o corpo é bem mais escuro em geral. Até 2 metros e 55 Kg , geralmente menores, com cerca de 1 metro e 12 Kg. É um excepcional peixe esportivo e de carne excelente

_____________________________________________________________________________________________

Trachinotus carolinus
Família Carangidae
Outros nomes:Palombeta, Pampo-cabeça-mole, Pereroba, Samenduara.
O pampo é encontrado em toda a costa brasileira principalmente em ilhas continentais e parcéis próximos. Nas águas brasileiras são encontradas 5 espécies que apresentam em comum o posicionamento da boca que é localizada quase na porção ventral. É raramente encontrado nas ilhas oceânicas, pois dá preferencia a regiões com boa oferta de zooplâncton e invertebrados expostos na água pelo movimento. É comum encontrá-lo próximo à superfície junto à arrebentação, onde o mar provoca intenso batimento, arrancando moluscos e crustáceos das pedras.
A exemplo dos demais da sua família, o pampo, por possuir o corpo achatado nos flancos, quando arpoado no centro rasga-se facilmente.
Outras espécies de pampo:
- Pampo Galhudo - Trachinotus goodei
- Samendoara - Trachinotus falcatus

______________________________________________________________________________________________

Seriola dumerlii
Família Carangidae
Outros nomes: Arabaiana, Olhete, Pitangola, Tapiranga, Tapireca.
Peixe com corpo de aerodinâmica perfeita, adaptado para travessias de longa duração sendo muito veloz. Possui cor prateada, quase branca nos flancos e na região ventral, contrastando com o azul intenso do dorso. Uma linha escura que se desenha no sentido longitudinal do corpo é mais visível quando o peixe está debaixo d`água. Seus olhos são negros , grandes e expressivos. Peixe de rara beleza, sua figura exprime força e velocidade.
Geralmente se apresenta em cardumes nas vizinhanças de ilhas e parcéis onde encontra seu alimento baseado em peixes pequenos e alguns invertebrados dando preferência às lulas. Exemplares mais jovens podem ser encontrados acompanhando algas flutuantes ou eventualmente sob a arraia jamanta principalmente em áreas afastadas da costa. Peixe de muita força e velocidade , sendo necessário arpoá-lo bem para não rasgar, pois luta bravamente para se soltar do arpão. Para caçar um olho de boi grande, ou seja, acima de 10 Kg o caçador deve se acercar de alguns cuidados, principalmente quanto ao ponto de impacto do arpão. Acertar na cabeça (logo abaixo dos olhos) é praticamente certa a recuperação e embarque do peixe, esta região é dotada de bastante cartilagem e placas ósseas que permitem uma boa fixação do arpão; outro ponto é na parte alta da cabeça, logo atrás do opérculo branquial, pois neste ponto está localizado o cérebro do animal que atingindo, paralisaria todo o sistema locomotor do peixe, no entanto suas dimensões são reduzidíssimas o que dificulta sobremaneira acertá-lo.
Ao acertar o arpão no olho de boi, o caçador começa a ter alguma possibilidade de captura, pois a reação deste peixe é violenta. Para se libertar do arpão, esfrega-se contra as pedras dilacerando-se e, por vezes consegue escapar. No entanto,se tiver bem arpoado, será certa a sua captura; este peixe tem pouca vitalidade ao esforço máximo, esgotando rapidamente suas reservas de energia. Por este motivo o caçador deve esperar o momento certo do tiro , quando o peixe se aproxima e faz circunvoluções( em número de duas) , procurando permanecer à meia água , imóvel e em posição de tiro. Em água limpa o caçador deve atentar para a projeção de sua sombra nas costas do cardume, isto os espantaria irremediavelmente; na metade do dia, a projeção da sombra estará sempre controlada pelo caçador, não sendo necessária a escolha constante do angulo do mergulho. O olho de boi é um peixe curioso que se aproxima do deu objetivo em voltas circulares, basta então mergulhar a meia água no momento certo, ou seja, quando o peixe passa pela primeira volta no momento em que se afasta. Atinge 1,8 metros de com

p

Scomberomus cavalla
Família Scombridae
Outros nomes: Cavala-perna-de-moça, Cavala-preta, Cavala-sardinheira, Cavala verdadeira e Sarda cavala. Da costa ao mar azul,da superfície a cerca de 80 metros de profundidade, na coluna d´agua e não hesita em se aproximar de costões baías e enseadas. Cor azul-escura no dorso, branco-prateada na região inferior. Até 1,7 metros e 45 Kg Apresenta uma carne de um aspecto seco. Depois de arpoada tende a correr muito, levando muitos metros de corda, e por isso tem que ser trabalhada com cautela sem afrouxar a linha.

____________________________________________________________________________________________

Seriola lalandi
Família Carangidae
Outros nomes: Arabaiana, Olho de boi, Pitangola, Tapireca, Urubaiana.
Costeiro, da superfície ao fundo, até 100 metros de profundidade, próximos a fundos rochosos. Dorso cinza a verde-azulado, flancos e ventre brancos; faixa cor de cobre do olho à cauda e outra, escura e diagonal, da ponta do focinho à nuca, passando pelo olho, cauda amarela. Lembra o olho de boi, que tem cauda escura e corpo mais alto. Até 1,5 metros e 40 Kg .

_____________________________________________________________________________________________

Trachurus lathami
Família Carangidae
Em cardumes grandes ou grupos, da costa a ilhas oceânicas. Cinza-prateado, ventre claro e dorso verde-azulado; mancha escura no opérculo indistinta. Quase todas as escamas da linha lateral são em forma de escudos. Atinge até 40 cm. Carne escura de sabor mediano

_____________________________________________________________________________________________

Pomatomus saltatrix
Família Pomatomidae
Outros nomes: Anchova, Enchova-baeta, Enchovinha, marisqueira.
Pelágico, de águas costeiras ao mar aberto. Prateada, o dorso variando de azul escuro a verde. Boca grande, com dentes fortes, chatos e triangulares. Até 1 metro e 12 Kg , excepcionalmente chegando a 20 Kg. Carne de excelente sabor.
Por Ter uma carne mole, é aconselhado dar o tiro na cabeça ou no dorso transversalmente, pois se rasga com muita facilidade.

_____________________________________________________________________________________________

Trachinotus falcatus
Família Carangidae
Outros nomes: Sernambiguara, Arabebéu, Pampo-arabebéu, Pampo-gigante, Tambó.
Possuem hábitos mais solitários, pois formam cardumes de até 20 indivíduos, diminuindo o número à medida que crescem.
Este peixe tem predileção por conchas , carangueijos e siris, triturando-os e expelindo suas cascas pelas guelras. É a espécie de maior tamanho dos pampos , podendo alcançar até 1,20 metros de comprimento e 40 Kg de peso. É peixe típico de águas claras do verão, pois precisa ver sua presa para caçar.
São comuns em ilhas afastadas, parcéis e lajes, procurando sua alimentação junto ao cascalho do fundo, ou na arrebentação das ondas nas pedras que afloram a superfície; comum nas águas rasas desde 1 metro a 5 metros. Peixe ágil e muito resistente que exige um tiro certeiro para se conseguir embarcá-lo. A aproximação silenciosa é de vital importancia para se conseguir sucesso nessa pescaria. É inútil arpoá-la no centro do corpo, uma vez que o peixe se desvencilha do arpão com facilidade, chegando a se debater contra as pedras para se libertar. O ideal é conseguir a maior aproximação possível, com o mínimo de movimentos, para o tiro certeiro.

_____________________________________________________________________________________________

Centropomus paralelus (Robalo-flecha)
Centropomus undecimalis (Robalo-peba)

Família Centropomidae
Outros nomes: Robalo-flecha : Camorim, Camuri, Camuri-açu, Flecha, Robalão, Robalo-bicudo. Robalo-peba: Camorim, Camorim-corcunda, Camorim-peba, Camorim-pena, Camorim-tapa, Camuripeba, peba.
O Robalo é bastante comum no litoral brasileiro, e habita os recifes, ilhas e parcéis mas tem preferência por canais estuarinos e mangues. Sua alimentação é a base de peixes e crustáceos e é comum encontrá-los no fundo arenoso próximo às pedras em regiões costeiras rasas junto à desembocadura de rios e lagoas estuarinas.
No Brasil são conhecidas cinco espécies, sendo que os maiores são vistos normalmente em pares, atingem cerca de 1 metro de comprimento e no máximo 20 Kg de peso.
Ao se deparar com o cardume, o caçador deve submergir a meia água e permanecer o mais imóvel possível esperando a aproximação de um que lhe seja mais favorável ao tiro. As armas curtas são mais apropriadas para a caça do robalo por permitirem maior aproximação

______________________________________________________________________________________________

Pagrus pagrus
Família Sparidae
Outros nomes: Pargo-Amarelo, Pargo-liso, Pargo olho de vidro e Pargo rosa.
De fundos rochosos e coralinos, entre 10 metros a 200 metros de profundidade. Rosado, mais escuro no dorso e pálido no ventre; nadadeiras avermelhadas. Atinge até 90 cm.

_____________________________________________________________________________________________

Diapterus rhombeus e Diapterus auratus
Família Gerreidae
Outros nomes: Carapeba branca, Acará-peba, Caratinga
Costeiros, em todos os ambientes. Prateada,escura no dorso; nadadeiras anal e pélvicas amarelas. Corpo alto, comprido.Atinge até 40 cm.

______________________________________________________________________________________________

Diplodus argenteus
Família Sparidae
Outros nomes: Pinta-no-cabo, Chinelão, Maria-chinelo, Marimbá-chinelo, Pargo-branco, Pinta-no-rabo, Sargo.
Costeiro, em fundos rochosos, até 50 metros de profundidade. Prateado, o dorso mais escuro e uma mancha, redonda e negra, na base superior do pedúnculo caudal; jovem com cerca de 20 cm, tem faixas escuras, verticais, que podem permanecer nos adultos. Corpo ovalado, compresso e alto. Atinge até 45 cm.

______________________________________________________________________________________________

Sphyraena barracuda
Família Sphyraenidae
Outros nomes: Bicuda, Bicuda-branca, Bicuda do alto, Bicuda de Corso, Bicuda grande, Carana, Gaviama, Goriana.
Muito comuns,em vários habitats, de canais de mangue a pleno mar aberto, onde são pelágicos. Cinza-azulado a verde no dorso, flanco prateado, ventre branco; algumas manchas negras irregulares no flanco.Boca grande com dentes caninos,alguns impressionantes. Até 2 metros e 48 Kg , geralmente um pouco menores. Há registros de ataque a caçadores submarinos , devido ao hábito de se carregar os peixes em fieiras na cintura. Geralmente quando ela vê um caçador , ela vai na sua direção e, quando chega bem perto ela vira a cabeça para tentar voltar, esse é o melhor momento para arpoá-la.

_____________________________________________________________________________________________

Mugil liza
Família Mugilidae
Outros nomes: Cacetão, Cambiro, Curimã, Sauna, Sauna-açu, Tainha-de-corso, Tainha-de-rio, Tainhota, Tapiara, Akira.
Costeiro, penetra estuários, mangues e mesmo água doce. Estrias escuras horizontais na maior parte do corpo; pélvica amarelada e as demais nadadeiras com áreas escuras esparsas. Atinge 1 metro e cerca de 8Kg.

_____________________________________________________________________________________________

Chaetodipterus faber
Família Ephippidae
Outros nomes: Enxada, Paru, Tareira
Costeira,até 40 metros de profundidade. Cinza pérola com barras pretas verticais. Grandes adultos podem ser de cor geral cinza-prateada. Corpo arredondado, alto e muito comprido. Até 90 cm e 9 Kg. Geralmente menor(até 4 Kg).Andam geralmente em grandes cardumes , e quando passam ,se o caçador não se concentrar e mirar apenas em um , provavelmente irá perder o peixe.

_____________________________________________________________________________________________

Gymnothorax funebris
Família Muraenidae.
Outros nomes: Moréia-verde, Miroró, Mutuca, Tororó.
Em fundos de corais e rochas até 40 metros de profundidade. Verde uniforme, raramente marrom, azul ou amarela. A maior caramuru do atlântico, chega até 2,5 metros e até 15 Kg.

_____________________________________________________________________________________________

Ginglymostoma cirratum
Família Ginglymostomatidae
Outros nomes: Lambaru, Barroso, Lixa, Gata.
Um tubarão costeiro, de água rasas, vive no fundo, próximo a rochas e corais. Bege a marrom avermelhado, eventualmente cinza, pouco mais claro inferiormente. Olhos pequenos; um barbilhão em frente de cada narina. Até 4 metros, geralmente com 2,5 metros e 150 Kg.

_____________________________________________________________________________________________

Selene vomer

O galo de penacho vive em águas costeiras, próximo a fundos de areia e cascalho. Forma cardumes
não muito numerosos, sendo que os exemplares maiores vivem apenas em grupos, aos pares ou
solitários. Alimentam-se de peixes e crustáceos.

Tem um corpo muito alto e comprimido. Perfil anterior da cabeça quase reto da ponta do focinho ao
alto da cabeça. A sua nadadeira pélvica é bem pequena. Os lobos das nadadeiras dorsal e anal são muito
longos. Tem em geral uma cor prateada, sendo o seu dorso escuro, com reflexos azul-metálico nos
flancos. Conforme a literatura, os adultos pesam até 2kg e atingem um tamanho de até 50cm.

_____________________________________________________________________________________________

Anisotremus surinamensis
Família Haemulidae
Outros nomes: Beiçudo, pirambu, sargo
É um peixe de hábitos territoriais que habita a costeira e ilhas sendo encontrado sempre em cardumes. Prefere habitar em águas rasas que tenham muitas tocas , uma vez que durante o dia se esconde para intensificar sua busca ao alimento nos finais de tarde, a noite e no início do dia. Alimenta-se principalmente de crustáceos, ouriços, mariscos e pequenos peixes. É praticamente certo encontrar o cardume de sargos na stocas cuja superfície apresente lajes expostas a arrebentação, pois alimentam-se tambem das sobras orgânicas arrancadas das pedras pela força das marés.
O sargo pode atingir até 80 cm de comprimento e 10 Kg de peso. Os exemplares mais jovens adquirem hábitos mais solitários .Quando arpoado, o sargo dificilmente escapa do arpão, pois sua carne é firme e as escamas são apoiadas numa espécie de couro. Quebrar alguns ouriços , mariscos e deixá-los nas proximidades das tocas pode atrair os sargos maiores.

______________________________________________________________________________________________

CAMURUPIM



Megalops atlanticus
(Valenciennes, 1847)
Família: Megalopidae
Inglaterra: Tarpon
Espanha: Tarpón
França: Tarpon Argenté


Características: Corpo alongado, moderamente alto e comprido lateralmente. Boca grande e bastante inclinada. O último raio da nadadeira dorsal é muito prolongado. Pélvicas em posição anterior à dorsal. Caudal furcada. Escamas grandes.

Coloração: Dorso cinza-azulado escuro com os flancos e ventre prateados.

Ocorrência: Nas águas tropicais e temperadas quentes do Atlântico e Pacífico. No Brasil, são mais comuns no Norte e Nordeste.

Habitat: Pelágicos costeiros, habitam as águas salobras, estagnadas e estuarinas das baías, mangues, lagoas e estuários e até mesmo a água doce dos rios.

Hábitos: Os mais jovens são encontrados com freqüência nas águas estagnadas (piscinas temporariamente separadas do mar), pois toleram muito bem baixos níveis de oxigênio através de uma modificação na bexiga natatória, utilizada como reserva de ar que engole periodicamente na superfície. Apesar dos adultos normalmente serem vistos solitários nas águas costeiras nadando próximo da superfície, podem em determinadas áreas formar cardumes que se mantêm unidos por anos seguidos. Na época de acasalamento (entre abril e agosto), migram e formam grandes cardumes em alto mar. Alimentam-se de peixes, como as sardinhas, enchovas e tainhas, e de caranguejos. Assim como a ubarana, o tarpão também apresenta o estágio de larva em seu desenvolvimento.

Captura: Sua carne, com muita "espinha", apesar de não ser de boa qualidade é apreciada em alguns locais e pode ser encontrada fresca ou salgada. O caçador deve procurar atirar na cabeça ou entre uma escama e outra caso comtrario só ficará com a escama para comtar a história. Se não apagar o peixe ele dará trabalho para ser embarcado.

Outros nomes vulgares: Camarupi, Camarupim, Camburupu, Camorubi (PE), Camorupim, Camuripema (PB), Camuripim, Camuripi, Camurupim (RJ), Cangurupi, Cangurupim, Conjurupi, Pema, Pirapema, Pomboca, Cuffum (Barbados), Peixe-prata (Portugal), Sábalo (Cuba) e Tarpone (Itália).

rimento e 80 kg de peso.