segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Revista Pesca n°124: Na costa de São Paulo, um mestre se encontra com seu robalão

Revista Pesca n°124: Na costa de São Paulo, um mestre se encontra com seu robalão

Por Jum Tabata
Da Revista Pesca Esportiva n°47



Atenção, robaleiros de plantão: tem peixe grande no pedaço. Não é no canal, nem perto do mangue e muito menos dentro dos rios. Desta vez, fomos buscar os robalos no embalo das ondas do mar. Na verdade, já fazia um certo tempo que eu ouvia falar em uma "outra modalidade" de pescaria na água salgada, embarcada e ao longo da costa. A isca preferencial: camarões vivos, soltos próximos ao fundo. Peixes: os mais variados possíveis, com a constante possibilidade de se cruzar o caminho de um sonhado... robalão! (O termo soa como um instigante estrondo aos ouvidos familiarizados). Pronto, estava lançada a isca certa para o pescador certo. E quando surgiu o convite para acompanhar um dos maiores conhecedores da pesca de mar no Brasil e do robalo em particular, a comemoração foi redobrada.
Foto: Jum Tabata
Um mestre
Hatao Ikebe, ou simplesmente Ikebe-san, sempre foi um grande estudioso do comportamento dos peixes e das águas. Sua experiência, acumulada ao longo de décadas de pescarias, tornaram-no um verdadeiro especialista: pesca de mar é com ele mesmo. Não é à toa que na Maripesca, loja tradicional do bairro da Liberdade dirigida por ele, em São Paulo, um sem-número de pescadores entra todos os dias para buscar algo além dos anzóis, varas e molinetes que estão faltando em suas caixas de pesca: todos querem receber um pouco mais dos ensinamentos do mestre oriental. E comigo não foi diferente. Desde criança, eu via as inúmeras fotos de robalões estampadas na parede, o que sempre me levava a "viajar" para dentro daquelas pescarias. Oito, dez, quinze quilos e até mais! A expressão de Ikebe-san ao erguer os troféus nas fotografias era, invariavelmente, de grande satisfação.

Leia mais na Revista Pesca nº 124

Revista Pesca n°124: Nossa equipe vai aonde vivem os maiores tucunarés do mundo Por Roald Andretta

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Da Revista Pesca Esportiva n°92

O local é bem no meio da floresta. O rio transparente se afunila em rápidos
trechos por onde desfilam cardumes. Com algum tempo de navegação, a topografia muda e suas águas formam remansos. Surgem ressacas, vez por outra estranguladas, separando do rio belas lagoas. Estamos no Rio Itapará, no coração do Estado de Roraima, hospedados num charmoso lodge emoldurado por lagos e lagoas.

O Itapará, que nasce no Hemisfério Norte, é afluente da margem esquerda do baixo Rio Branco e integra a bacia do Rio Negro, lar dos maiores tucunarés do mundo. Foi nessa bacia, aliás, que um americano fisgou um exemplar de 12,25 quilos e bateu o recorde mundial. Por conta de seu isolamento, o rio é pouco visitado, mas pescadores, muitos deles estrangeiros, costumam desembarcar aqui na expectativa de superar a marca. Enfrentar esse peixe, conhecido pela grande combatividade e saltos fantásticos, é um dos maiores desafios da pesca esportiva. A aventura está apenas começando
.
Foto: Giuliano Andretta
O Itapará é um lugar e tanto para tentar bater o recorde mundial, com mais de 12 quilo